Um pouco da Historia

Montadas
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Montadas é um município brasileiro no estado da Paraíba, situado na Região Metropolitana de Campina Grande. Segundo o IBGE no ano de 2010 sua população era de 4.990 habitantes, numa área de 32 km².
O Município de Montadas, esta situado na porção central do Agreste Paraibano, entre 7° 05’ 16” de latitude sul (S) e 35° 57’ 32” de longitude oeste (O/W), estando a uma altitude média de 750 metros acima do nível do mar, juto com a cidade de Cuité são ambas as cidades as mais altas do agreste paraibano; a 5ª mais Alta da Paraíba e a 49° do Brasil (junto com Cuité). Fato que lhe confere um clima especial, com maior umidade do que as regiões adjacentes e de clima semi-árido. Trata-se de um Município de pequena extensão que tem como limites, ao Norte o Município de Areial, ao Sul Puxinanã, a Nordeste Esperança, Leste Lagoa Seca e a Oeste Pocinhos.
O Município dista da Capital João Pessoa 137 km, e de Campina Grande 25 km, de Esperança 15 km, de Patos 171 km e de Cajazeiras 337 km, e é servido pelas rodovias, PB-115, se que chega até a cidade, PB-121, BR-104 e BR-230.
O Município de Montadas está situado no Polígono das Secas em uma “zona de transição", na Mesorregião do Agreste Paraibano, mais precisamente, na Microrregião de Esperança ao lado de mais três Municípios: Areial, Esperança e São Sebastião de Lagoa de Roça.
A via de acesso ao município é feita pela PB-115, que liga o município à comarca Esperança-PB, tendo como via de acesso à cidade de Areial (ao Norte) e ao maior centro de comércio e economia da região Campina Grande, pela cidade de Puxinanã (ao sul). Hoje a estrada PB-115 que liga Montadas a Puxinanã chama-se Rodovia Antônio Veríssimo de Souza, em homenagem ao emancipador da cidade de Montadas.

Etimologia da Palavra
 
O nome Montadas foi dado pelos vaqueiros que campeavam com o seu gado esta região, por motivo que aqui havia muitos matos fechados e espinhosos como jurema, malícia, cipoal, gravatais, jucuri, comati entre outros.
O gado se perdia e os vaqueiros não conseguiam encontrá-los. Eles falavam que o gado tinha ficado amontoados na montada, que era um pequeno tanque fechado pela mata, onde o gado bebia água, o qual hoje é dividido em duas propriedades, uma parte fica no sítio do Sr. Álvaro José Custódio (Alvino]]) e a outra no sítio do Sr. Edmilson Avelino Gomes.
Devido a erros históricos de alguns, chegaram a consideram como nome dessas terras as expressões: amontada, amontado, ou montado, embora todas erradas, pois a etimologia correta sempre foi montada. O Então o distrito de Montada passou a ser a cidade de Montadas, ganhando um acréscimo de um (S) na sua independência.

História
 
Em 1902, o Sr. Antônio Flor de Araújo comprou, no local onde hoje existe a cidade de Montadas, uma légua de terra, ao Capitão Floripes Coutinho, pela qual ele pagou 200 mil réis. Nesse período essas terras pertenciam a cidade de Campina Grande.
Em 1917, ele a vendeu a Manoel Cirino Lira, com 12 vacas de bezerro e 60 criações caprinas; por 1 conto de réis. No mesmo ano, Manoel Cirino Lira fundou a vila de Montada, o fundador que tendo comprado essas terras doou-as: parte aos seus familiares e parte ao patrimônio religioso, isto é, ao Coração de Jesus, primeiro padroeiro da cidade.
No ano de 1925 construiu uma casa para que nela se celebrasse uma missa, pela qual era a sua própria residência. O Monsenhor João Coutinho distribui naquela missa o catecismo da Igreja Católica, aos primeiros habitantes, principalmente as crianças que lá havia. Durante 6 anos foi celebrado missa na casa do Sr. Manoel Cirino Lira.
Em 1928, deram início a construção de uma capela nesta localidade, num período de 2 anos suas obras ainda não estava finalizada. Mesmo assim, teve sua 1ª missa celebrada no dia de Natal, do ano de 1930, antes mesmo de ser concluída.
Em 1º de agosto de 1928, chegou a essas terras a primeira 1ª professora, a freira D. Auta de Araújo, que aqui lecionou durante 05 anos. Foi ela que plantou as primeiras sementes do saber nesta terra, ela também foi professora do emancipador da cidade, o Sr. Antônio Veríssimo de Souza.
Logo mais em 1931, terminaram a construção da capela sobre qual ficou exposta por ordem do vigário da paróquia.
No ano de 1934, o Pe. Manoel Costa trouxe para a capela da vila de Montada o bronze circular e mudou o padroeiro, de Coração de Jesus para São José, o qual veio em procissão da atual cidade de Pocinhos (ainda não emancipada).

Os primeiros Habitantes
 
Foram eles: Manoel Cirino Lira (o fundador), José Veríssimo de Souza (pai do Emancipador), Manoel Pedro dos Santos, Inácio Fernandes, Pedro Galdino Soares, Bernardo Pedro, Joaquim Santana, entre outros todos acompanhados de seus familiares. Eram homens dedicados a agricultura e a pecuária, de baixa renda e de formação inicialmente baixa.

Aspecto político
 
Quando o Sr. Manoel Cirino Lira comprou as terras onde hoje é a cidade de Montadas, essas terras pertenciam ao município de Campina Grande. Em Janeiro de 1944, o prefeito da cidade de Campina Grande, Dr. Vergniaud Borborema Wanderley doou as terras ao então município de Esperança, onde junto com o prefeito de Esperança, Sebastião Vital decretaram sob lei a doação.
Em 1945 o Sr. Sebastião Flor de Araújo coloca Montada na sua primeira eleição, para decidir que seria o presidente do país.
No ano de 1947, o prefeito constitucional da cidade de Esperança Júlio Ribeiro da Silva, eleva a vila de Montada à categoria de distrito.
Limitado-se: ao Norte começando na Boca de Lagoa Salgada com destino a Lagoa de Marcella, por uma fluvial estrada que desde Catolé a Marcella em Manguape de baixo, ao Leste pela a estrada de Marcella a Campinote, ao Sul pela estrada fluvial e de transporte de São Sebastião de Lagoa de Roça a Lagoa do Açude, onde é o ponto de linha mais forte, por esta estrada este se limita ao Maxixe até o município de Puxinanã, de Maxixe até Maris Preto, com ele ainda é dividido ao Oeste com o Município de Pocinhos, pela estrada do Maris Preto a Lagoa de Dentro, até Lagoa Salgada ao Norte onde tudo começou.
Em 1948 o Governador Gaspar Dutra construiu um grupo escolar no ainda Distrito de Montada, com efeito do então prefeito da cidade de Esperança o Sr. Júlio Ribeiro da Silva.
Em 1951 disputam as eleições na cidade de Esperança, Joaquim Virgulino da Silva, em litígio pleito contra Francisco Bezerra da Silva onde este venceu, também na mesma eleição o distrito de Montada coloca um representante de seus direitos, na Câmara Municipal de Esperança, o Sr. Antônio Veríssimo de Souza, eleito vereador com 249 votos pelo PSD (Partido Social Democrático).
Em 12 de agosto de 1955 o senhor Antônio Veríssimo de Souza consegue se reeleger para a alegria do povo Montadense. Montadas continua com seu representante junto a Câmara Municipal.
No ano de 1959 em Esperança candidata-se para prefeito Pedro Mendes na UDN (União Democrática Nacional) contra o Dr. Arlindo Delgado pelo PSD (Partido Social Democrático) Antônio Veríssimo de Souza consegue o seu 3º mandato como vereador ficando na terceira suplência o candidato que nomeava José Cirino, o Sr. Antônio Liberato, seu genro e interventor correspondente ao seu mandato.
No dia 10 de dezembro de 1959, D. Josefa Tavares distinta parteira, foi nomeada parteira estadual, e no dia 7 de janeiro foi empossada prestando seu compromisso de parteira diplomata.
Em 1963, Antônio Veríssimo de Souza deixou de se candidatar a vereador, em se aventurar deixar passar esta eleição para prefeito, faturando o seu pensar, na então na emancipação de seu distrito. Nessa eleição em Esperança lutavam dois candidatos a prefeito, numa marcha aventureira Joaquim Virgulino da Silva e Luiz Martins de Oliveira onde este foi eleito prefeito com 1601 votos superiores. O Sr. Antônio Liberato consecutivo interventor ao partido derrotado onde na Câmara Municipal foi eleito vereador.
Para Montada se emancipar, pelos relatos oculares tais qual o próprio Antônio Veríssimo de Souza e outros homens daquele período que ainda se encontram vivos. Era necessário para a independência do município, o mínimo de três ruas, o que foi ruim, pois Montada não tinha isso. Tinha apenas uma rua longa, que a mesma se dividia em uma segunda rua, fazendo assim uma parábola.
Usando de sabedoria o Sr. Antônio Veríssimo de Souza dividiu uma única rua que é a PB-115 ligando a saída de Montadas para Areial com a saída de Montadas a Puxinanã em três ruas começando com a Rua Manoel Cirino Lira, em homenagem ao fundador da cidade; Rua Monsenhor Coutinho; a mais estreita das três, que é em homenagem ao primeiro padre honorário, e a Rua Manoel Pedro da Silva. A rua fazendo forma de parábola com o Manoel Cirino Lira e Monsenhor Coutinho recebeu o nome do padroeiro da cidade São José. Atrás da rua principal Manoel Cirino Lira, onde na época avia apenas umas 4 (quatro) casinhas de taipa recebeu o nome de Rua João da Costa Brasil.
Com muitos esforços, e sacrifício o Sr. Antônio Veríssimo de Souza conseguiu o sonho dos montadenses, a emancipação política em 14 de outubro de 1963 pela lei estadual Nº 3088 do mesmo dia, assinada pelo Governador Pedro Moreno Gondim, com o apoio do Deputado Estadual Francisco Souto Neto. Com a emancipação o Sr. Antônio Veríssimo de Souza pediu ao governador para que a então agora cidade, não se chama Montada, mais sim Montadas por motivo dele achar a pronúncia sem estar no plural muito vulgar. Então o governador acrescentou um "S" passando assim para o plural Montadas.
Após 25 dias depois da emancipação, exatamente no dia 8 de novembro de 1963, Montadas nomeou o seu primeiro prefeito interino, o Sr. Geraldo José Custódio conhecido como (Didi) que assinou seu termo de posse na cidade de Montadas.
No dia 10 de outubro de 1964 o candidato a 1ª eleição da cidade foi, Antônio Veríssimo de Souza como prefeito e Antônio da Costa Brasil como vice-prefeito. Onde foram candidatos únicos pelo PDC (Partido Democrata Cristão). Além deles foram eleitos 7 vereadores: Manoel Fernandes, Cícero Sales, Anastácio Custódio, José Felinto, Antônio José da Costa, José Balbino e João Pedro, todos pelo PDC Recebendo posse no dia 15 de novembro de 1964 e levando o mandato até 31 de janeiro de 1969.
Presentes a esta audiência estavam o Deputado Estadual Francisco Souto Neto, Sr. Severino Cabral, Sr. Francisco Apolinário, prefeito da cidade de Areial, Sr. Luiz Martins de Oliveira, prefeito da cidade de Esperança, José Veríssimo de Souza e a maioria das famílias montadenses da época.
Com o golpe Militar de 1964, o Governo Federal decreto pelo ato institucional n° 2, de 1965, que só deveria existir 2 partidos políticos no Brasil a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), baseando-se, assim, na constituição norte-americana. Após isso o prefeito, vice-prefeito e demais vereadores passaram a fazer parte do partido ARENA em 1965.

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